Comprar é muito mais emoção do que razão, pois o usuário está imerso num caldeirão de pensamentos e planejamentos sobre o que irá adquirir. Portanto, mais importante do que desejar vender mais é responder a questão: por que não compram?
Teu produto ou serviço é ótimo, você qualificou o cliente, confirmou que ele possui os recursos financeiros para fechar com você e, mesmo assim, a venda não foi finalizada?Neste post, conversaremos sobre a raiz de todos os males em vendas, claro, estou considerando que o produto ou serviço é de fato ótimo e ajuda o consumidor.
Ele tenta ser racional, mas os primeiros comportamentos dele são reflexo dos seus atalhos mentais ou vieses cognitivos. Estes atalhos nos ajudam no dia a dia a tomar decisões mais rapidamente, o problema é que nem sempre as decisões são as melhores.
Nós, seres humanos, frutos de anos de evolução, temos medo da mudança. Tendemos a nos manter na zona segura. Compartilhamos os mesmos genes dos nossos antepassados que não tornaram-se almoço na floresta.
Tendemos a dar ênfase aos riscos, ignorando tudo o que ganharemos numa nova situação. Segundo Jeb Blount, autor do livro OBJEÇÕES, a causa para que o usuário não siga adiante com você é o medo de consequências negativas.
O medo da mudança gera insegurança que, em excesso, se solidifica no desejo de manter o status quo (ele não quer mudar) e que passa a ser sustentado pela criação de objeções.
Neste momento, o cliente aciona o viés na negatividade e irá analisar tudo o que você diz com o único propósito de encontrar pontos negativos que justifiquem o seu desejo de se manter no estado atual.
Se, por acaso, há algum player desleal no seu mercado, qualquer sinalização negativa sobre seu produto ou serviço terá um peso muito maior sobre o usuário do que qualquer ponto positivo que você diga.
Outra consequência do medo da mudança é manter a esperança de que, apesar de reconhecer uma situação desfavorável, o retorno esperado chegará. Conhecido como custos infundados, é mais notável no mundo B2B, onde muitas empresas continuam a manter contratos com fornecedores que apresentam falhas constantes durante a prestação.
Não adianta tentar justificar, de forma lógica, que a sua solução é melhor do que a escolhida anteriormente pelo usuário. Ele defenderá a posição e você passará a ser visto como um adversário. Você pode até “ganhar” a discussão, mas não fechará a venda.
O usuário se comprometeu tanto com o fornecedor ou marca que aceitar ter encontrado algo melhor causa um desconforto exorbitante. Estamos falando do viés da dissonância cognitiva.
Esta é a realidade do universo das vendas. Muita pesquisa foi e está sendo feita para entender profundamente o comportamento do usuário no momento de compra.
Agora que você está por dentro da raiz do problema, um problema basicamente emocional, quais ações você pode tomar para virar o jogo ao seu favor e contribuir para o sucesso do usuário?
Toda ação que contribua para o crescimento da confiança do usuário em você é válida. Busque entender a situação pela perspectiva do usuário. Mostre a ele:
Bem, chegamos ao fim de mais um post. Se você curtiu a leitura, e o conteúdo agregou algo de valor em sua jornada, compartilhe com aquele colega empreendedor ou vendedor, pois ajudará o nosso site a continuar produzindo materiais interessantes para você.
Recomendações de Livros:
Objeções – Jeb Blount;
Rápido e Devagar – Daniel Kahneman
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